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Saúde

Nutricionista explica as dietas restritivas

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A atriz Kirsten Dunst - Foto divulgação

Especialista diz que além da diminuição rápida dos números na balança, as dietas restritivas não são sustentáveis e a taxa de reganho de peso é alta

A atriz Kirsten Dunst, conhecida pelas participações nos filmes “Homem-Aranha” e “O sorriso de Mona Lisa”, é adepta da dieta alcalina, que restringe alimentos produtores de ácido, como carnes, peixes, laticínios, ovos, grãos e bebidas alcoólicas. Segundo a nutricionista Camilla Simões, as dietas restritivas são calculadas com níveis extremamente baixos de calorias, e a quantidade calórica é menor que o gasto energético basal do paciente, não suprindo as necessidades básicas do funcionamento do organismo em níveis calóricos, o que pode ocasionar diminuição da disposição e complicações nutricionais.

A especialista afirma que se a pessoa fala que passa fome na dieta, o que pode estar errado é a adequação dos nutrientes. “É preciso perceber se essa fome é física ou se o paciente está sentindo falta de comer pelas emoções. A fome emocional não mede saciedade e normalmente acontece após algum gatilho, o que faz com que dietas altamente restritivas sejam mais prejudiciais para este público”, esclarece.

Reeducação alimentar

Conforme Camilla, a reeducação alimentar é sempre a melhor maneira em relação às dietas restritivas, pois quando se estabelece quantidades adequadas de macro e micronutrientes em uma dieta, o paciente come alimentos que ele gosta, não sente fome (o que aumenta a adesão ao plano), entrega resultados duradouros e sustentáveis com o estilo de vida saudável e ativo.

Imediatismo

A especialista lembra que o imediatismo é um vilão do emagrecimento. Ela aponta que se as pessoas colocassem metas menores ao longo de um ano, por exemplo, dois quilos por mês, perderiam 24 ao longo de um ano. Entretanto, a nutricionista esclarece que a realidade é que elas querem perder peso rápido em dois meses. “Como isso é praticamente impossível, acabam desistindo de emagrecer e se frustrando. Ter o pé no chão é fundamental durante um processo de emagrecimento válido e duradouro, pois até mesmo com um emagrecimento consciente é possível ter resultados expressivos”, destaca.

Dra. Camilla Simões - Foto divulgação

Dra. Camilla Simões – Foto divulgação

Orientação

De acordo com a nutricionista, a primeira orientação às pacientes é para que hábitos ruins e a mentalidade acerca do estilo de vida saudável sejam alterados. “É preciso gostar dessa nova versão e se convencer todos os dias dos motivos que as fazem querer perder peso. É preciso propósito para ter resultado”, salienta.

Camilla reforça ser favorável às mudanças, mas com apoio comportamental, para estabelecer hábitos que serão importantes durante o processo para que a paciente não sofra e tenha um processo de emagrecimento leve, sem sofrimento. A especialista pontua que cobranças, metas exageradas e radicalismo não funcionam, induzindo o paciente a desistência. Para ela, uma investigação metabólica também é válida para a correção nutricional de deficiências e melhora dos exames bioquímicos, para que o foco seja a saúde de maneira integral e não somente o peso na balança.

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