NOSSAS REDES SOCIAS

Saúde

É preciso orientação médica para a suplementação infantil

Publicado

em

A influenciadora digital Virgínia Fonseca e às suas filhas, Maria Flor e Maria Alice - Foto divulgação

Se a criança for suplementada com dose errada ou alta, pode haver acúmulo em alguns órgãos tornando a vitamina tóxica

A médica Juliana Walsh (CRM-SC 22.106 e RQE 12.960) afirma que algumas vitaminas são fundamentais durante a infância por serem necessárias para o bom metabolismo celular, funcionamento do sistema imunológico, desenvolvimento de tecidos e ossos, produção de energia, desenvolvimento neurológico, prevenção de anemia, dentre tantos outros. Porém, a deficiência dos nutrientes pode gerar sintomas como cansaço, falta de energia, atraso no crescimento e desenvolvimento, problemas de pele e cabelo, dificuldades cognitivas, problemas dentários e ósseos, imunidade baixa, com infecções frequentes e até problemas de visão.

No fim do ano passado, a influenciadora digital Virgínia Fonseca provocou polêmica ao dar suplemento de colágeno às suas filhas, Maria Flor e Maria Alice, de 2 e 3 anos, respectivamente. Mas afinal, o público infantil pode suplementar? Segundo Juliana, crianças podem fazer suplementação de vitaminas, principalmente em casos de doenças crônicas (asma e doenças digestivas), dietas limitadas, restritivas, pouca exposição ao sol ou se elas apresentarem atraso físico e de desenvolvimento.

Contudo, a médica alerta que o ideal é a suplementação ser orientada por um profissional da saúde para não haver riscos. “Alguns nutrientes importantes na infância são vitaminas A, B, C, D, cálcio e ferro. Existem muitos estudos mostrando a importância de suplementar ômega-3, principalmente o DHA, ajudando no desenvolvimento neurológico e cognitivo da criança”, aponta.

O que o médico costuma considerar para receitar suplementos?

Segundo a especialista, é muito comum crianças com obesidade apresentarem carência de vitaminas por não ingerirem em quantidade adequada. Entretanto, ela lembra que a avaliação não deve ser baseada apenas no peso, pois existem muitas crianças magras saudáveis.

Dra. Juliana Serra Walsh - Foto divulgação

Dra. Juliana Serra Walsh – Foto divulgação

Ademais, Juliana comenta que, para indicar a suplementação, é primordial avaliar primeiramente se há algum sintoma de carência vitamínica. “Algumas vezes pode ser necessário a realização de exames laboratoriais. Além disso, é fundamental avaliar a qualidade da alimentação e exposição ao sol”, pontua.

Alimentação

Conforme a médica, hoje existe a chamada “fome oculta”, caracterizada pela carência de nutrientes no organismo. No entanto, ela esclarece que as crianças não conseguem ingerir os nutrientes em quantidade e qualidade adequadas, e estão cada vez menos brincando ao ar livre, gerando uma grande deficiência de vitaminas, inclusive a D. “Por isso, está cada vez mais comum a suplementação infantil. Mas não tira a importância do exemplo que os pais devem dar, pois as crianças repetem padrões. Quanto mais saudáveis os pais, maior a chance dessa criança crescer saudável também. Portanto, precisamos estar atentos aos sintomas e, caso necessário, procurar auxílio médico”, finaliza.

Continue lendo

MAIS LIDAS