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Saúde

Cuidados paliativos podem ajudar o paciente oncológico

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A atriz Aracy Balabanian e a cantora Rita Lee - Foto divulgação

Oncologista Juliano Cé Coelho enfatiza que os cuidados paliativos andam o tempo todo com os cuidados oncológicos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os cuidados paliativos são a assistência integral oferecida para pacientes e familiares diante de uma doença grave que ameace a continuidade da vida. O objetivo é oferecer tratamento eficaz para os sintomas de desconforto que podem acometer o paciente, sejam eles causados pela doença ou pelo tratamento. Dados da entidade ainda mostram que a cada ano cerca de 57 milhões de pessoas, incluindo quase 26 milhões no último ano de vida, necessitam de cuidados paliativos. No entanto, o oncologista Juliano Cé Coelho (CRM-RS 34.989 e RQE 29.213) lembra que a indicação dos cuidados paliativos não acontece apenas na fase terminal da doença. Ele reforça que o foco está no alívio de sintomas físicos, bem como no suporte emocional, social e espiritual, tanto do paciente como da família.

A importância dos cuidados paliativos

A atriz Aracy Balabanian e a cantora Rita Lee morreram em decorrência de um câncer no pulmão, contudo, ambas também receberam cuidados paliativos com o avanço da doença. O médico explica que a possibilidade de alinhar tratamentos

oncológicos específicos com os desejos do paciente são fundamentais ao longo da jornada do tratamento. De acordo com ele, é preciso acabar com o mito que os cuidados paliativos são apenas para os momentos finais de vida ou que estão indicados apenas quando não se tem mais o que fazer contra a doença. “Poderemos chegar a momentos em que os cuidados paliativos serão o centro dos cuidados daquele paciente, sem novas perspectivas de tratamento específico contra a doença, mas esse é um dos momentos de sua atuação e não o único”, aponta.

Dr. Juliano Cé Coelho - Foto divulgação

Dr. Juliano Cé Coelho – Foto divulgação

A conversa com pacientes e familiares sobre a necessidade desse tipo de cuidado

Segundo o médico, a comunicação em oncologia tem início a partir de um diálogo franco, verdadeiro e leal. “É essencial esclarecer que esses cuidados não significam desistir do tratamento ou que não exista mais o que fazer, mas, sim, que estamos adicionando uma camada extra de apoio para melhorar os seus cuidados”, pontua. Apesar de não ser paliativista e não trabalhar em equipe de cuidados paliativos, Juliano indica os seus pacientes aos profissionais dessa área. Além disso, ele reforça que, por ser um tema sensível e ainda com vários mitos, é fundamental alinhar que os cuidados paliativos caminham com os demais cuidados oncológicos e, de forma alguma, são substituídos pelo tratamento específico contra a doença.

Brasil

Conforme o oncologista, a prática de cuidados paliativos no país está em franco crescimento, mas ainda enfrenta desafios significativos. Embora haja um aumento na conscientização sobre a importância do tema, a falta de informação das pessoas, além de um acesso desigual, são barreiras a serem enfrentadas. “Enquanto alguns locais possuem equipes altamente treinadas e organizadas, existem outros com mínimo ou nenhum suporte organizado para a prática dos cuidados paliativos”, finaliza.

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