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Entenda o hematoma subdural crônico que afetou o presidente Lula

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Lula - Foto divulgação

Após seis dias internado, chefe do executivo teve alta do Hospital Sírio-Libanês no domingo, 15

Na última segunda-feira, 9, o presidente Lula (PT) precisou passar por uma cirurgia de emergência após sofrer dores de cabeça. Ele fez ressonância magnética que acusou hemorragia intracraniana, decorrente do acidente doméstico sofrido em outubro. Lula foi submetido à trepanação, procedimento cirúrgico em que é feito uma pequena abertura e orifício no crânio para drenar o sangue acumulado, aliviando a pressão sobre o cérebro.

De acordo com o neurocirurgião Jamil Farhat Neto (CRM-SP 141.252 e RQE 74.302), a cirurgia provavelmente foi necessária para tratar o hematoma subdural crônico, que estava comprimindo o cérebro e causando sintomas. Ele ressalta que a técnica é segura e amplamente utilizada para casos como o do presidente.

O médico também reforça que embora seja uma condição tratável, o problema pode ser grave se não for diagnosticado e cuidado a tempo. “Ocorre devido a um acúmulo lento de sangue entre o cérebro e o crânio, que pode comprimir o tecido cerebral. Isso leva a sintomas como dor de cabeça, confusão mental, alterações de força motoras e, em casos avançados, até coma”, afirma. O especialista pontua que após uma queda é essencial observar esses sinais, pois eles podem surgir dias ou semanas após o trauma. Jamil orienta que o indivíduo deve sempre buscar avaliação médica, especialmente se o paciente for idoso.

Questionado se esta pode ser uma consequência do acidente domiciliar que o presidente sofreu há dois meses, o neurocirurgião acredita que sim. Ele lembra que o hematoma subdural crônico geralmente se desenvolve após um trauma na cabeça, mesmo que o impacto inicial pareça leve ou sem grande gravidade. “O sangue se acumula lentamente ao longo de semanas ou meses. Isso explica por que os sintomas podem aparecer bem depois do acidente inicial”, esclarece.

Dr. Jamil Farhat Neto - Foto divulgação

Dr. Jamil Farhat Neto – Foto divulgação

Segundo o especialista, com o envelhecimento da população mundial, há um aumento na fragilidade dos vasos sanguíneos e na tendência a quedas, devido à perda de equilíbrio e força muscular. Além disso, o médico alerta que muitos idosos usam medicamentos anticoagulantes ou antiplaquetários, que ampliam o risco de pequenos sangramentos intracranianos se tornarem significativos, como no hematoma subdural crônico.

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