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Saúde

Neurologista comenta que a apneia do sono é um problema crônico

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O ator e cantor Léo Jaime - Foto divulgação

A polissonografia, exame não invasivo feito enquanto o paciente está dormindo, ajuda a detectar o distúrbio

De acordo com a Associação Brasileira do Sono (Absono), a apneia, ou ronco como é popularmente conhecido, atinge 35% da população brasileira. Quem está nesta estatística é o ator e cantor Léo Jaime. Em entrevista ao “Viva Bem”, do Grupo UOL, ele revelou sofrer com a apneia obstrutiva do sono. Os primeiros sinais se manifestaram com ronco, sono e cansaço. Ele contou que, em todas as situações em que ficava parado ou sentado, tinha vontade de cochilar ou cochilava. Além disso, o músico também afirmou que engordou bastante devido ao distúrbio.

Conforme a neurologista Ana Carolina Dias Gomes (CRM-SP 171.300 e RQEs 60.963 e 609.631), especialista em Medicina do Sono pelo Instituto do Sono, a apneia obstrutiva está relacionada ao ganho de peso, já que pessoas que tiveram aumentos consideráveis têm mais possibilidades de desenvolver o problema, tal como indivíduos mais velhos. “O ronco é um dos sinais que a gente busca durante a entrevista com o paciente (anamnese) para ver se há um risco grande de apneia”, explica.

 

Dra. Ana Carolina Dias Gomes - Foto divulgação

Dra. Ana Carolina Dias Gomes – Foto divulgação

O Ministério da Saúde acrescenta que, em longo prazo, pacientes com apneia obstrutiva do sono podem desenvolver doenças nas artérias, provocadas pelo acúmulo de colesterol nas suas paredes, além de provocar a ocorrência de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Também pode ser desenvolvida a síndrome metabólica, a ocorrência de distúrbios da gordura e do açúcar do sangue, hipertensão arterial e aumento da circunferência abdominal.

A entidade ainda destaca que a apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução da via aérea no nível da garganta durante o sono, levando a uma parada da respiração, que dura, em média, 20 segundos. Após esta parada, o indivíduo acorda, emitindo um ronco barulhento. Ademais, o problema pode ocorrer várias vezes durante a noite, havendo pessoas que apresentam uma a cada um ou dois minutos.

O tratamento inclui mudanças nos hábitos de vida, como reduzir o peso ou evitar fumar, o uso de aparelhos próprios, como o CPAP (Aparelho de Pressão Positiva Contínua), que empurra o ar para as vias respiratórias, facilitando a respiração. Fonoterapia e cirurgia também são opções.

Outros tipos de apneia

Apneia central: resultado de uma disfunção do sistema nervoso central em gerar o devido estímulo para os músculos da caixa torácica, não se iniciando o esforço respiratório.

Apneia mista: inicialmente não existe esforço inspiratório, mas quando o esforço começa, a apneia persiste em decorrência do colapso da via aérea.

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